O programa Adobe Photoshop é uma ferramenta de trabalho poderosíssima e largamente utilizada por designers do mundo inteiro. Esse valor se deve ao seu poder de "retocar" e tratar imagens permitindo mudar seu aspecto visual, tornando-as mais "belas" e atrativas. Pois bem, reconhecido seu valor, vamos ao "X" da questão. Por ser uma ferramenta tão eficiente, alguns publicitários estão começando a "exagerar" no uso dos retoques, despertando a atenção de consumidores, politícos e outros defensores da boa prática publicitária de forma negativa.

Tornar uma imagem, elemento muitas vezes fundamental em uma peça publicitária, algo mais atrativo e perfeito é uma prática natural para designers dentro de suas agências. É necessário mostrar o produto de forma perfeita, afinal é o seu produto, a sua imagem e o objetivo final é levar as pessoas a desejarem aquilo e comprarem a ideia. Porém existe uma tênue linha entre o que o anunciante apresenta no anúncio e o que o cliente realmente encontra nas prateleiras. É nesse espaço que uma discussão tem sido levantada a fim de equilibrar os interesses de quem vende e de quem compra.
Anunciantes querem mostrar o melhor do seu produto. Por outro lado os consumidores querem conhecer a "real".

Por conta dos "exageros" encontrados nas últimas campanhas, alguns deputados estão em busca de regulamentação que normatize os "limites" do apelo visual incrementado, perfeito e carregado de efeitos.

Como publicitários, a CG sabe que o uso dessa ferramenta é extremamente positivo para a construção do layout, mas sabemos também que a fidelidade do que é anunciado é item fundamental em toda e qualquer propaganda. O equilibrio desses interesses deve ser a prática do bom senso e da ética. Mostre as qualidades do seu produto mas não se esqueça que os seus consumidores procuram soluções reais. Enfatize os diferenciais do que você oferece, mas não se esqueça que os seus consumidores, os consumidores de hoje, não esperam apenas um benefício, eles se identificam com empresas que promovem verdade, fidelidade e transparência.

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